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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Vulcão de Krakatoa








Situada no centro do estreito de Sonsa, entre as ilhas de Sumatra e Java, na Indonésia, a ilha vulcânica de Krakatoa quase desapareceu do mapa entre 26 e 28 de agosto de 1883, em virtude de uma erupção considerada como a mais violenta dos tempos modernos. Ao verificar-se o fenômeno, seu ponto mais alto, o monte Perbuwatan, explodiu e provocou no mar um enorme vagalhão que matou, por onde passou, cerca de 35.000 pessoas, aproximadamente. As cinzas, a poeira e a fumaça que provocou, subiram, segundo se afirma, a mais de 27 quilômetros, e o barulho da explosão chegou a Constantinopla, na Turquia, Austrália, Filipinas e Japão. Além disso, os efeitos atmosféricos da catástrofe, circundando o globo durante vários meses, provocaram estranhas transformações ao nascer e pôr do Sol.

A Indonésia possui em torno de 17.000 ilhas, algumas habitadas e outras não, localizadas numa zona de convergência de duas placas tectônicas, subdivisões da crosta terrestre que se movimentam de forma lenta e contínua sobre o manto, a camada que fica abaixo da crosta terrestre, prolongando-se em profundidade até ao limite exterior do núcleo, região mais profunda da Terra, que se inicia além dos 2.900 quilômetros abaixo da superfície. O choque entre essas placas pode ativar qualquer um dos 130 vulcões existentes na região, e quando isso acontece, milhões de toneladas de material vulcânico são lançados ao ar.

No arquipélago indonésio existem centenas de picos surgidos no passado geológico remoto. Um dia, em tempos pré-históricos, o cone original da ilha fragmentou-se em pleno processo eruptivo, dando origem a um novo monte, o Rakata, ao sul da cratera original, e posteriormente a mais dois, ao norte, o Perbuwatan e o Danan, que formaram a ilha de Krakatoa. Em 1680, após séculos de adormecimento, o Perbuwatan acordou por instantes, destruindo nesse seu despertar furioso toda a vegetação da ilha, mas voltou a dormir logo depois, e assim ficou durante dois séculos de completa inatividade. Até despertar novamente em 20 de maio de 1883, quando passou a gerar erupções médias durante os meses de maio, junho e julho, perdendo nesse período grande parte do cume de sua cratera e alargando o local da erupção, inclusive abrindo novas fendas próximas ao monte Danan.

No dia 26 de agosto de 1883, às 12;53h, o Krakatoa iniciou uma erupção que duraria até a noite do dia seguinte. O som ensurdecedor de sua primeira explosão foi secundado por uma nuvem negra que subiu acima dos 25 quilômetros, alargando-se para o nordeste, ao mesmo tempo em que cinza ardente e pedra-pomes eram lançadas para o ar, acompanhados de fluxos piroclásticos (corpos fluidos compostos de gás quente – numa temperatura entre 100/800 braus Celsius - e piroclastos - cinza e pedra - que podem viajar com velocidade de até 160km por hora, deslocando-se rente ao solo, acompanhando as irregularidades do relevo) que chegaram a medir 2,5 de largura, sobre uma área de tamanho maior que a França. No dia imediato mais quatro erupções precederam outra violenta explosão (sete mil vezes mais potente que a bomba atômica de Hiroshima) que quase destruiu a ilha, afundando dois terços dela na câmara magmática e formando uma caldeira submarina.

A força da explosão provocou diversos tsunamis, alguns com até 40 metros de altura, que destruíram, ou danificaram seriamente, cerca de 300 aldeias nas ilhas costeiras do estreito de Suma, afundando ou provocando severos estragos em 6.500 embarcações. Segundo os relatos da época, a água retrocedia depois de cada vaga, no que aparentava ser uma bem-vinda calmaria, mas logo depois uma onda ainda maior submergia completamente as ilhas próximas à sua passagem. Os tsunamis provocaram o maior número de mortes (oficialmente, cerca de 36.417 vítimas) durante a erupção do Kracatoa, estimando-se, porém, que cerca de dez por cento do total de óbitos durante o sinistro deva ser atribuído à queda do material vulcânico, ocorrida em quantidade tão grande que no estreito de Sonda os detritos pareciam formar um terreno sólido, dificultando a chegada dos navios de ajuda às localidades necessitadas de socorro.. Nos meses seguintes, essa grossa camada de pedra-pomes ao poucos foi sendo levada pelas marés altas e tempestades rumo ao mar de Java e oceano Pacífico, onde finalmente se dispersaram.

3 comentários:

Anônimo disse...

oi Rebecca, seu blog ta lindo e o conteúdo de geo está muito bom. Parabéns!!!

andre luis disse...

gostei da rportagem sobre a explosao em krakatoa. parabens.

Marta disse...

oi , gostei do visual de seu blog. PArabens