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Situada no centro do estreito de Sonsa, entre as ilhas de Sumatra e Java, na Indonésia, a ilha vulcânica de Krakatoa quase desapareceu do mapa entre 26 e 28 de agosto de 1883, em virtude de uma erupção considerada como a mais violenta dos tempos modernos. Ao verificar-se o fenômeno, seu ponto mais alto, o monte Perbuwatan, explodiu e provocou no mar um enorme vagalhão que matou, por onde passou, cerca de 35.000 pessoas, aproximadamente. As cinzas, a poeira e a fumaça que provocou, subiram, segundo se afirma, a mais de 27 quilômetros, e o barulho da explosão chegou a Constantinopla, na Turquia, Austrália, Filipinas e Japão. Além disso, os efeitos atmosféricos da catástrofe, circundando o globo durante vários meses, provocaram estranhas transformações ao nascer e pôr do Sol.
A Indonésia possui em torno de 17.000 ilhas, algumas habitadas e outras não, localizadas numa zona de convergência de duas placas tectônicas, subdivisões da crosta terrestre que se movimentam de forma lenta e contínua sobre o manto, a camada que fica abaixo da crosta terrestre, prolongando-se em profundidade até ao limite exterior do núcleo, região mais profunda da Terra, que se inicia além dos 2.900 quilômetros abaixo da superfície. O choque entre essas placas pode ativar qualquer um dos 130 vulcões existentes na região, e quando isso acontece, milhões de toneladas de material vulcânico são lançados ao ar.
No arquipélago indonésio existem centenas de picos surgidos no passado geológico remoto. Um dia, em tempos pré-históricos, o cone original da ilha fragmentou-se em pleno processo eruptivo, dando origem a um novo monte, o Rakata, ao sul da cratera original, e posteriormente a mais dois, ao norte, o Perbuwatan e o Danan, que formaram a ilha de Krakatoa. Em 1680, após séculos de adormecimento, o Perbuwatan acordou por instantes, destruindo nesse seu despertar furioso toda a vegetação da ilha, mas voltou a dormir logo depois, e assim ficou durante dois séculos de completa inatividade. Até despertar novamente em 20 de maio de 1883, quando passou a gerar erupções médias durante os meses de maio, junho e julho, perdendo nesse período grande parte do cume de sua cratera e alargando o local da erupção, inclusive abrindo novas fendas próximas ao monte Danan.
No dia 26 de agosto de 1883, às 12;53h, o Krakatoa iniciou uma erupção que duraria até a noite do dia seguinte. O som ensurdecedor de sua primeira explosão foi secundado por uma nuvem negra que subiu acima dos 25 quilômetros, alargando-se para o nordeste, ao mesmo tempo em que cinza ardente e pedra-pomes eram lançadas para o ar, acompanhados de fluxos piroclásticos (corpos fluidos compostos de gás quente – numa temperatura entre 100/800 braus Celsius - e piroclastos - cinza e pedra - que podem viajar com velocidade de até 160km por hora, deslocando-se rente ao solo, acompanhando as irregularidades do relevo) que chegaram a medir 2,5 de largura, sobre uma área de tamanho maior que a França. No dia imediato mais quatro erupções precederam outra violenta explosão (sete mil vezes mais potente que a bomba atômica de Hiroshima) que quase destruiu a ilha, afundando dois terços dela na câmara magmática e formando uma caldeira submarina.
3 comentários:
oi Rebecca, seu blog ta lindo e o conteúdo de geo está muito bom. Parabéns!!!
gostei da rportagem sobre a explosao em krakatoa. parabens.
oi , gostei do visual de seu blog. PArabens
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